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Orochi: quem é a serpente de oito cabeças que inspira filmes, games e animes?

Se você já viu algum anime ou jogou um RPG, provavelmente topou com a palavra "Orochi" em algum momento. Mas o que realmente significa esse nome? A resposta vem direto da mitologia japonesa, onde Orochi é uma gigantesca serpente de oito cabeças e oito caudas que aterrorizava a região de Izumo. O mito conta que o deus Susano‑no, irmão da deusa do sol Amaterasu, derrotou a criatura usando uma bebida de saquê muito forte. Essa história já virou base para muita coisa que vemos hoje.

De onde vem a lenda?

A lenda do Yamata no Orochi aparece nos anais do Kojiki e do Nihon Shoki, os livros mais antigos que falam da história do Japão. Segundo essas crônicas, a serpente tinha oito cabeças, oito caudas e cobria todo o céu quando se esticava. Ela exigia sacrifícios humanos, normalmente jovens de dezesseis anos, e comia duas pessoas por dia. Quando Susano‑no apareceu, ele já sabia do perigo e planejou usar o álcool como armadilha. Ele fez oito barris de saquê, colocou-os em frente à criatura e deixou a bebida ferver. Cada cabeça bebeu, ficou bêbada, e então Susano‑no aproveitou para cortar todas as cabeças com sua espada.

Orochi na cultura pop

Depois de milênios de história, Orochi não ficou só nos livros. A imagem da serpente se espalhou para animes como "Naruto", onde Orochimaru, literalmente "serpente grande", se inspira no mito. Nos games, o nome aparece em franquias como "Final Fantasy" (Orochi é o chefe da fase 5) e "Devil May Cry 5", onde o vilão Orochi lidera um exército. Até nos quadrinhos ocidentais, a figura aparece como símbolo de poder destrutivo.

Além de ser um vilão, Orochi também virou referência para designers de personagens. O visual de oito cabeças pode ser simplificado em um único design, mas ainda carrega a ideia de força e medo. Por isso, muitos artistas usam o nome para criar criaturas híbridas, misturando dragões, serpentes e até robôs. Essa flexibilidade ajuda a trazer o mito para novas gerações, sem perder a essência da história original.

Se você curte RPGs, a presença de Orochi costuma vir como chefe de fase ou como parte de uma história que envolve sacrifícios e rituais. Normalmente, o desafio está em descobrir a fraqueza da criatura – geralmente algo relacionado a álcool ou fogo – o que reflete o conto do saquê usado por Susano‑no.

Mas não é só entretenimento. A lenda também é estudada em escolas de história e cultura japonesa, pois mostra como mitos antigos podem explicar fenômenos naturais (como tempestades) ou servir de alerta contra práticas violentas. Professores usam Orochi para discutir como a ficção molda valores morais e como heróis são criados a partir de atos de coragem.

Para quem quer se aprofundar, vale procurar traduções do Kojiki e do Nihon Shoki. Muitos sites de cultura japonesa oferecem resumos gratuitos e até podcasts que contam a história de forma bem simples. Se a ideia for levar a lenda para a sua criatividade, experimente criar um personagem inspirado em Orochi, mas colocando uma reviravolta: talvez ele seja um protetor ao invés de um monstro, ou talvez a história seja contada do ponto de vista da serpente.

No fim das contas, Orochi é muito mais que uma simples criatura de oito cabeças. É um símbolo que atravessa milênios, adaptando‑se a novas mídias e novas formas de contar histórias. Quando você se deparar com o nome em um jogo ou anime, já vai saber de onde ele vem e por que ainda tem tanto impacto.

Davi Matos Lemos 22 fevereiro 2025 0

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