Macaé Evaristo, uma figura de destaque no cenário da educação pública no Brasil, foi escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Sua nomeação ocorre após a demissão de Silvio Almeida, acusado de assédio sexual, um caso que abalou o governo e exigiu uma resposta rápida e efetiva.
Natural de Minas Gerais, Macaé Evaristo começou sua carreira na educação aos 19 anos de idade como professora. Formada em Serviço Social e atualmente doutoranda em Educação, ela construiu uma carreira sólida e dedicada à melhoria do sistema educacional e à promoção da igualdade racial e social. Durante sua carreira, ocupou posições significativas, incluindo a de secretária municipal e estadual de Educação em Minas Gerais. Entre 2005 e 2012, foi a primeira mulher negra a ser secretária municipal de Educação em Belo Horizonte, e de 2015 a 2018, foi secretária estadual de Educação de Minas Gerais.
Macaé também desempenhou um papel fundamental no Ministério da Educação, entre 2013 e 2014, onde foi responsável pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Nessa posição, ela coordenou programas importantes como a adoção de Escolas Indígenas e a Escola Integrada em Belo Horizonte, além da implementação de políticas de cotas para estudantes de escolas públicas, com foco em alunos negros e indígenas, para acesso ao ensino superior.
A nomeação de Macaé Evaristo veio em meio à polêmica do afastamento de Silvio Almeida, envolvendo graves denúncias de assédio sexual. Almeida foi demitido em 6 de setembro de 2024 após as acusações serem reveladas pelo site Metrópoles e confirmadas pela organização Me Too. Entre as supostas vítimas está Anielle Franco, a Ministra da Igualdade Racial. Diante desse cenário, o governo Lula reafirmou seu compromisso com os direitos humanos e a intolerância a qualquer forma de violência contra as mulheres, o que reforça a importância da escolha de Evaristo para o cargo.
A posição de ministro dos Direitos Humanos e Cidadania também foi alvo de outros nomes notáveis, como Nilma Lino Gomes, ex-ministra do governo Dilma Rousseff, e Benedita da Silva, deputada federal pelo Rio de Janeiro. Após a demissão de Almeida, Esther Dweck, a Ministra de Gestão e Inovação, assumiu temporariamente o cargo até a confirmação de Macaé Evaristo.
Ao assumir o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo enfrentará uma série de desafios, incluindo a necessidade de restaurar a confiança nas políticas de direitos humanos do governo e garantir a proteção dos direitos das mulheres em todos os setores da sociedade. Seu extenso histórico em áreas sensíveis como a educação e a inclusão social será crucial para abordar essas questões de maneira eficaz e humana.
As expectativas são altas para que Evaristo continue seu trabalho de promoção da igualdade e dos direitos humanos em uma escala ainda maior. Sua trajetória evidencia um comprometimento intenso com as causas sociais e a educação inclusiva, o que possibilita a esperança de um futuro mais justo e igualitário para todos os brasileiros. Desta forma, a escolha de Lula reforça a continuidade de sua política de nomear líderes dedicados e experientes para assumir cargos de alta responsabilidade em seu governo.
A nomeação de Macaé Evaristo marca um ponto de virada para o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, trazendo consigo a promessa de políticas mais inclusivas e um compromisso renovado com os direitos humanos no Brasil.