Pensão alimentícia: o que é, quem tem direito e como funciona
Se você já ouviu falar em pensão alimentícia mas ainda tem dúvidas, está no lugar certo. Aqui vamos explicar de forma simples quem pode pedir, como o valor é definido e quais os passos para garantir o pagamento.
Quem tem direito à pensão alimentícia?
Basicamente, a pensão serve para garantir o sustento de quem não tem condições de se manter sozinho. Os principais beneficiários são:
- Filhos menores de 18 anos ou estudantes até 24 anos, se ainda dependem dos pais;
- Ex‑cônjuges que comprovem necessidade e incapacidade de se sustentar;
- Pais idosos que não podem trabalhar e dependem financeiramente dos filhos.
Não basta apenas ser familiar, é preciso demonstrar que a pessoa tem necessidade real e que o responsável tem capacidade de pagar.
Como o valor da pensão é calculado?
Não existe uma tabela fixa, mas os tribunais costumam usar alguns critérios:
- Renda do quem paga: salários, aluguéis, rendimentos de investimentos, etc.;
- Necessidades do beneficiário: despesas com escola, saúde, alimentação, vestuário;
- Quantos dependentes tem o pagador: se há outros filhos ou cônjuge.
Na prática, o juiz aplica um percentual sobre a renda líquida do pagador. Esse percentual varia, mas costuma ficar entre 15% e 30% para um filho, aumentando à medida que há mais beneficiários.
Uma dica prática: reúna todos os comprovantes de renda (contracheques, extratos bancários) e as despesas do filho (receituário, mensalidades). Isso facilita a negociação e evita surpresas.
Passo a passo para solicitar a pensão
1. Converse com a outra parte. Em muitos casos a gente resolve na boa, evitando processo.
2. Procure um advogado ou a Defensoria Pública. Eles vão orientar sobre documentos e estratégia.
3. Reúna provas: certidão de nascimento, comprovantes de renda, gastos escolares, relatórios médicos.
4. Entre com a ação na Vara de Família. O processo pode ser judicial ou, se houver acordo, pode ser homologado em cartório.
5. Acompanhe a decisão. Se o juiz fixar o valor, ele passa a ser obrigatório e pode ser cobrado via pensão alimentícia (contribuição direta ao INSS) ou por depósito bancário.
O que fazer se o pagamento atrasar?
Quando o pagamento não chega no prazo, a lei permite pedir a cobrança judicial. O juiz pode decretar a prisão do devedor por até três meses, mas isso só ocorre depois de esgotadas as tentativas de acordo e notificação.
Antes de chegar a isso, tente uma conversa informal, veja se o atraso foi por algum problema temporário ( desemprego, doença) e negocie um parcelamento.
Dicas para evitar problemas
- Mantenha todos os recibos e comprovantes de pagamento. Eles são prova importante se surgir alguma disputa.
- Atualize o valor sempre que houver mudança na renda ou nas necessidades do filho. O juiz pode reajustar a pensão.
- Se houver mudança de endereço ou de situação familiar, comunique a outra parte e o tribunal.
Com essas informações, você já tem o básico para entender, pedir e garantir a pensão alimentícia. Não deixe dúvidas atrapalharem o bem‑estar da sua família; procure orientação profissional e siga o passo a passo para que tudo se resolva da forma mais tranquila possível.