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Polícia Encontra Corpo de Advogada Anic Herdy, Desaparecida há 7 Meses, em Petrópolis

Polícia Encontra Corpo de Advogada Anic Herdy, Desaparecida há 7 Meses, em Petrópolis
Davi Matos Lemos 27 setembro 2024 20 Comentários

Polícia Encontra Corpo da Advogada Desaparecida Anic Herdy

Na noite de quarta-feira (25 de setembro), a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou os restos mortais que foram identificados como sendo da advogada Anic Herdy, de 54 anos, desaparecida desde 29 de fevereiro deste ano. A descoberta chocante ocorreu no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, também conhecido como Gordo, que é o principal suspeito no caso e que tinha um relacionamento amoroso com Anic.

De acordo com a polícia, Lourival confessou o crime e revelou que havia enterrado o corpo de Anic no seu quintal após concretá-lo. Esse macabro achado foi realizado exatamente no mesmo dia em que Lourival testemunhou na 2ª Vara Criminal de Petrópolis, ocasião em que ele acusou Benjamin Cordeiro Herdy, marido de Anic de 78 anos, de ter planejado o assassinato. No entanto, a polícia afirmou que, até o momento, não encontrou provas que corroborem o envolvimento de Benjamin no crime.

Detalhes do Crime e da Descoberta

Os restos mortais foram descobertos em avançado estado de decomposição, envoltos em plástico bolha e com um torniquete no pescoço. Além disso, o corpo estava trajando o mesmo vestido que Anic usava no dia em que foi vista pela última vez. A identificação foi feita pelo Instituto de Medicina Legal (IML) de Teresópolis, utilizando registros dentários da vítima. Na quinta-feira (26 de setembro), a polícia confirmou oficialmente que o corpo era de Anic Herdy.

Anic desapareceu após sair de um shopping center em Petrópolis. Seu marido, Benjamin, recebeu mensagens de resgate exigindo R$ 4,6 milhões, valor que foi pago através de transferências bancárias e saques em dinheiro. Curiosamente, a polícia só foi informada sobre o desaparecimento duas semanas depois, quando uma filha de Benjamin reportou o caso. Lourival Correa Netto Fadiga e mais três indivíduos foram presos e acusados de extorsão mediante sequestro. A investigação continua em andamento, tentando desvendar todos os detalhes e possíveis cúmplices desse crime hediondo.

Ponto de Vista da Comunidade

O caso de Anic Herdy causou grande comoção na cidade de Petrópolis. Moradora respeitada e advogada reconhecida, Anic era vista como uma pessoa altruísta e comprometida com sua profissão. Seus amigos e parentes estão devastados com a confirmação de sua morte, especialmente de uma maneira tão cruel e desumana.

A demora na comunicação do desaparecimento às autoridades, assim como os detalhes nebulosos envolvendo o pagamento do resgate e a possível participação do marido, levantam diversas questões. A comunidade local espera que todos os responsáveis sejam levados à justiça e que a memória de Anic seja honrada.

Reflexão sobre Violência contra Mulheres

O trágico destino de Anic Herdy também impulsiona uma reflexão sobre a violência contra mulheres. Infelizmente, casos como o dela não são isolados e chamam atenção para a urgência de medidas mais efetivas na proteção de mulheres contra violência doméstica e crimes passionais. Estatísticas apontam que muitas mulheres sofrem em silêncio, e nem todas têm suas histórias contadas ou seus algozes punidos.

Os movimentos feministas e defensores dos direitos humanos têm constantemente lembrado a sociedade e as autoridades da importância de políticas públicas voltadas para a proteção das mulheres. É preciso mais que leis; é necessária a mudança cultural que permita a construção de um ambiente seguro e equitativo para todas.

Conclusão

A trágica história de Anic Herdy continuará a ser investigada pela Polícia Civil. A comunidade de Petrópolis espera que todos os envolvidos paguem por seus crimes e que a justiça traga algum conforto para a família e amigos da advogada.

Este caso serve como um lembrete sombrio das ameaças que muitas mulheres enfrentam diariamente. É crucial que todos tomem parte nesta luta por um mundo mais justo e seguro, onde casos como o de Anic não se tornem apenas mais uma estatística.

20 Comentários

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    Tiago Augusto Tiago Augusto

    setembro 27, 2024 AT 16:35
    Nossa... isso é pesado demais 🥲
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    maria eduarda ribeiro

    setembro 29, 2024 AT 07:56
    Claro que o marido é suspeito... sempre é o marido, né? 🙄
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    Juraneide Mesquita

    setembro 30, 2024 AT 22:07
    E se o Gordo tá mentindo pra proteger alguém? Tipo... o marido? Sério, isso tá cheirando a novela mexicana.
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    Marcus Davidsson

    outubro 2, 2024 AT 08:14
    O cara confessou e ainda tá acusando o marido? Tá louco ou acha que a polícia é de papel? 🤡
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    Paulo Sette

    outubro 2, 2024 AT 10:42
    A demora de duas semanas pra denunciar o desaparecimento... isso é suspeito ou é só negligência? 🤔
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    Nath Andrade

    outubro 4, 2024 AT 00:36
    O caso é trágico, mas a narrativa midiática é sempre a mesma: mulher vítima, homem vilão. E se a realidade for mais complexa? Ainda assim, não justifica o que aconteceu.
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    Wellington Barbosa

    outubro 4, 2024 AT 03:04
    Alguém sabe se o IML já liberou o laudo completo? Queria ver os detalhes do torniquete e do plástico bolha. Isso pode dizer muito sobre o método.
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    Olavo Sant'Anna Filho

    outubro 4, 2024 AT 11:47
    A sociedade só se importa quando é bonita, bem-sucedida, branca. O que acontece com as mulheres negras, pobres, esquecidas? Elas morrem todos os dias e ninguém liga. Anic virou notícia porque era advogada. Isso é o que nos define? 🤬
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    Eudes Cardoso

    outubro 5, 2024 AT 19:04
    Essa história me lembra de outro caso lá em Minas, anos atrás... mesma coisa, corpo enterrado no quintal, confissão depois de semanas. A violência doméstica é um câncer que a gente ignora até virar um pesadelo
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    paulo rodrigues

    outubro 7, 2024 AT 16:45
    A identificação por registros dentários é extremamente confiável, especialmente em casos de decomposição avançada. O IML de Teresópolis tem boa reputação nisso. A prova material está sólida.
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    Rayane Cilene

    outubro 9, 2024 AT 01:52
    Ninguém merece morrer assim. Ninguém. E se a gente pudesse mudar uma coisa? Que as pessoas denunciassem antes. Antes que seja tarde. Antes que alguém precise enterrar alguém no quintal.
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    Aléxia Jamille Souza Machado Santos

    outubro 10, 2024 AT 15:33
    Meus olhos estão cheios de lágrimas... ela era mãe, profissional, mulher... e agora só é um nome em uma manchete. ❤️
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    Gabriel Felipe

    outubro 11, 2024 AT 07:34
    O marido pagou o resgate mas só denunciou depois... isso não faz sentido. Alguém tá escondendo algo
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    Kaio Fidelis

    outubro 11, 2024 AT 12:35
    É importante considerar a estrutura de poder hierárquica que permeia esse caso: o vínculo afetivo disfuncional, a dinâmica de controle financeiro, o silenciamento institucionalizado da vítima - tudo isso se entrelaça com a cultura patriarcal que normaliza a violência como forma de manutenção de domínio, e isso exige uma abordagem interdisciplinar, não apenas policial, mas também psicossocial e jurídica.
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    Thais Cely

    outubro 11, 2024 AT 12:47
    EU NÃO AGUENTO MAIS ISSO!!! POR QUE SEMPRE MULHERES?? POR QUE SEMPRE NO QUINTAL?? POR QUE NINGUÉM FAZ NADA ANTES?? 🤬💔
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    Caroline Pires de Oliveira

    outubro 12, 2024 AT 03:45
    O pagamento do resgate em dinheiro e transferência... isso é padrão de sequestro extorsivo. A polícia precisa rastrear os valores. Pode levar a outros envolvidos.
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    Andressa Sanches

    outubro 12, 2024 AT 15:16
    A dor dela tá em cada palavra que a gente lê. Mas a nossa responsabilidade é não virar só mais um que lê e esquece. A gente tem que falar. A gente tem que lembrar. A gente tem que exigir mudança.
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    Irene Araújo

    outubro 13, 2024 AT 12:56
    Se o marido tiver algo a ver, ele vai cair. E se não tiver, aí sim a gente vai ver se a polícia tá mesmo investigando direito. Mas por enquanto, o Gordo é o único que confessou.
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    Michelly Braz

    outubro 14, 2024 AT 20:31
    Outro caso de mulher morta e o mundo só acorda quando ela é bonita e tem diploma. Onde estava a proteção dela? Onde estava o sistema?
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    Ciro Albarelli

    outubro 15, 2024 AT 08:00
    Conforme o art. 121, § 2º, I, do Código Penal Brasileiro, o homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel configura crime hediondo, passível de regime inicial fechado. A apuração dos demais envolvidos, bem como a análise da possível participação do cônjuge, deve ser realizada com rigor técnico e imparcialidade, sob pena de violação ao devido processo legal.

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