Quarta‑feira, 24 de setembro de 2025, marcou o retorno da partida decisiva entre Palmeiras e River Plate, válida pela segunda etapa das quartas‑de‑final da Copa Libertadores. O Allianz Parque, iluminado pela energia de mais de 40 mil torcedores, recebeu um confronto que carregava não só a pontuação da primeira partida, mas também anos de história entre as duas instituições.
O Verdão tinha chegado ao duelo com o placar de 2 a 1 favorável, resultado obtido em Buenos Aires. Esse diferencial deixava o técnico Abel Ferreira em uma posição confortável: bastava um empate para garantir a vaga nas semifinais. Na prática, o Palmeiras entrava em campo confiante, sustentado por uma sequência impecável de 11 partidas sem perder no Campeonato Brasileiro, onde acabou de goleá‑los 4 a 1 contra o Fortaleza, apesar de ter preservado grande parte do elenco titular.
Do outro lado, o River Plate trazia ao confronto a necessidade de uma vitória por dois gols ou, ao menos, por um para forçar os pênaltis. A equipe de Marcelo Gallardo ainda sentia o peso da derrota de 2 a 1 na primeira partida, que rompeu a sua invencibilidade de 12 jogos. Além disso, a derrota por 2 a 0 para o Tucumán no torneio local, ocorrida no fim de semana anterior, parecia ter abalada a moral dos argentinos, que ainda contavam com um elenco parcialmente rodado.
O histórico também favorecia o Palmeiras. Em confrontos de mata‑mata, a força paulista já havia eliminado o River Plate em duas semifinais – 1999 e 2020 – ambas culminando em títulos. Essa vantagem psicológica, combinada com a força ofensiva demonstrada contra o Fortaleza, fez com que o clima no estádio fosse de otimismo quase contagiante.
A partida foi pensada para alcançar o maior número possível de torcedores. A TV Globo assumiu a cobertura tradicional, garantindo sinal aberto em todo o território nacional. Simultaneamente, a ge TV disponibilizou a transmissão ao vivo via streaming, permitindo que fãs assistissem em smartphones, tablets e computadores. Além das emissoras brasileiras, duas plataformas internacionais marcaram presença: a ESPN, que trouxe sua expertise em análises táticas, e a Disney+, que ofereceu a partida em alta definição para assinantes fora da esfera de TV aberta.
No decorrer da partida, o Palmeiras surpreendeu ao impor seu ritmo desde o apito inicial. O primeiro gol saiu ainda no primeiro tempo, após um cruzamento de Rafael Navarro que encontrou Dudu na área, marcando o terceiro do Verdão naquele campeonato. O River, pressionado, tentou responder, mas encontrou a defesa alviverde bem postada, com Gustavo Gómez comandando a linha de fundo.
A segunda etapa trouxe o desempate: Raphael Veiga, com um chute cruzado, ampliou o placar para 2 a 0, colocando o Palmeiras em vantagem confortável. O River, ainda determinado a virar o jogo, encontrou o talento de Julián Álvarez, que reduziu o placar aos 55 minutos. Contudo, a reação do Palmeiras foi imediata; Gabriel Veron, vindo do banco, completou a conta com um gol de cabeça após escanteio, selando o 3 a 1 final.
Além dos três gols, o desempenho coletivo do Verdão destacou a profundidade do elenco. Jogadores que iniciaram a partida no banco como Rony e Gustavo Scarpa mostraram eficácia ao se envolverem nos ataques, evidenciando que o treino de rotação durante a semana não comprometeu a coesão da equipe.
Do lado argentino, a derrota expôs fragilidades defensivas que o técnico Gallardo precisará corrigir antes das próximas fases, caso consiga avançar. A incapacidade de transformar a chance de abrir o placar em domínio de jogo foi o ponto crítico que culminou na eliminação.
Com a vitória por 3 a 1, o Palmeiras assegurou sua vaga nas semifinais da Libertadores, mantendo viva a esperança de conquistar o quarto título continental. A performance ofensiva, aliada ao controle do ritmo de jogo, confirmou a classe da equipe de Abel Ferreira e aumentou as expectativas dos torcedores para os próximos desafios.