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Operação Policial Mira Influenciadores em Rifa Ilegal no Rio de Janeiro

Operação Policial Mira Influenciadores em Rifa Ilegal no Rio de Janeiro
Davi Matos Lemos 2 novembro 2024 20 Comentários

Contexto da Operação

A operação da polícia civil, denominada 'Rifa Limpa', veio à tona como uma resposta aos crescentes relatos de fraude em rifas organizadas por influenciadores digitais no Rio de Janeiro. Entre os principais alvos estava Vivianne Noronha, esposa do famoso funkeiro MC Poze do Rodo. A operação tinha como objetivo principal investigar e recolher documentos que comprovassem a prática de fraudes nos sorteios promovidos. A fraude envolvia tanto os procedimentos internos dos sorteios quanto a entrega de prêmios a supostos ganhadores.

Investigação e Alvos Envolvidos

A investigação abrange não só Vivianne, mas também outras seis pessoas, entre elas Roger Rodrigues dos Santos (conhecido como Roginho Dú Ouro), Jonathan Luis Chaves Costa (ou Jon Jon), Leandro Medeiros (apelidado Lacraia), e Bolívar Guerrero Silva, um cirurgião plástico equatoriano, junto de suas secretárias, Ítala e Edvania. Todos são suspeitos de pertencer a uma organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro. Segundo informações da Delegacia de Defraudações (DDEF), este grupo teria realizado rifas ilegais com a finalidade de conseguir grandes lucros sob falsas pretensões de legitimidade.

Operação e Apreensão de Bens

Dando prosseguimento às investigações, as autoridades executaram dez mandados de busca e apreensão. Durante a operação, veículos de luxo, joias e smartphones de última geração foram apreendidos, indicando o nível de sofisticação e os possíveis rendimentos advindos das atividades ilícitas do grupo. Esta ação estratégica da polícia visa não apenas desmantelar a atividade ilegal de rifas, mas também fortalecer a confiança do público em processos de sorteios realmente legais.

Rifas e a Questão Legal

A prática de rifas requer autorização prévia da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap), vinculada ao Ministério da Economia, bem como segue regulamentações rígidas que permitem apenas a instituições sem fins lucrativos conduzir tais operações. Fato preocupante é que os envolvidos anunciavam os sorteios em redes sociais utilizando mecanismos semelhantes aos adotados pelas Loterias Federais, conferindo assim um ar de legitimidade que afasta suspeitas dos participantes.

Uso de Tecnologia e Fraude

Um dos principais elementos que levaram à suspeita de atividades ilícitas foi a utilização de um aplicativo sob medida que, segundo a investigação, possibilitava manipulação dos resultados favorecendo os organizadores. Este app personalizado despertou dúvidas sobre sua real finalidade e autenticidade, pois não estava sujeito a auditorias por entidades independentes. A falta de transparência se somava à ausência de uma lista de ganhadores validados, levantando questionamentos sobre a distribuição real dos prêmios.

Repercussão e Reação dos Envolvidos

A repercussão do caso rapidamente tomou conta das mídias sociais e gerou discussões sobre a falta de regulação e fiscalização de rifas promovidas online. MC Poze do Rodo, por sua vez, utilizou suas redes sociais para afirmar que, apesar das acusações, ele e sua esposa estavam tranquilos em relação aos desdobramentos do caso. Esse episódio ressalta a importância de um olhar atento das autoridades sobre o crescente mercado digital de sorteios e sua regulação.

Conclusão

Embora ainda não tenha sido oferecida defesa formal por parte dos envolvidos, a expectativa é que, com a coleta de provas, as autoridades possam concluir este complexo caso. A população, por sua vez, aguarda justiça e proteção contra fraudes que se proliferam no ambiente digital, reafirmando a importância de práticas comerciais éticas e transparentes para a segurança de todos.

20 Comentários

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    Aléxia Jamille Souza Machado Santos

    novembro 3, 2024 AT 03:14
    Essa história é louca 😱 Quem acreditava que rifa viraria lavagem de dinheiro?
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    Thais Cely

    novembro 3, 2024 AT 21:11
    Vivianne nem sabia que o app era fraudulento!!! Ela só postava o link, tá sendo bode expiatório!!! 🤬
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    Rayane Cilene

    novembro 5, 2024 AT 03:07
    A verdade é que ninguém fiscaliza essas coisas. Se você não tem licença da Secap, não pode fazer rifa. Mas todo mundo faz, e ninguém pune. É um sistema que permite a corrupção disfarçada de entretenimento. A polícia só agiu porque o caso virou viral. Isso é triste.
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    Kaio Fidelis

    novembro 7, 2024 AT 02:42
    A estrutura criminosa descrita aqui é classicamente organizada: figura pública como fachada (Vivianne), operadores técnicos (Roginho, Jon Jon), gestores financeiros (Lacraia), e a ponta de lavagem (cirurgião + secretárias). O app personalizado é o elemento-chave - ele não só manipula os resultados, como também gera logs falsos para enganar auditores potenciais. A ausência de auditoria independente é uma falha sistêmica da plataforma social que permite esse tipo de monstro digital. A legislação atual é obsoleta para o modelo de negócios de influenciadores, que operam em escala global com infraestrutura localizada. É preciso uma nova categoria jurídica: 'sorteio digital de alto risco'.
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    Irene Araújo

    novembro 7, 2024 AT 04:12
    Poxa, se todo mundo faz rifa e ninguém pune, por que agora a polícia tá no pé? Sério, é só porque o MC Poze tá envolvido? Se fosse um cara comum, ninguém nem ia saber disso.
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    Caroline Pires de Oliveira

    novembro 7, 2024 AT 23:24
    O app que manipula os resultados é o que mais me assusta. Se você paga pra participar e sabe que o resultado é fraudado, é um golpe em escala industrial. Isso não é rifa, é fraude digital em massa. E o pior: muita gente acha que é só um 'jeitinho brasileiro'.
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    Andressa Sanches

    novembro 9, 2024 AT 06:56
    A gente vive num país onde o sonho de ganhar na rifa é quase uma religião. Mas quando esse sonho vira um negócio criminoso, a gente precisa parar de olhar para o lado. A cultura da sorte tem que virar cultura da transparência. Não é só sobre lei, é sobre ética coletiva.
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    Michelly Braz

    novembro 10, 2024 AT 22:21
    Tá vendo? É por isso que eu nunca participo de rifa de influencer. Sempre foi golpe. Só que agora tá com cara de big tech.
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    Tiago Augusto Tiago Augusto

    novembro 11, 2024 AT 13:45
    Isso aqui é o futuro da fraude 😎 App personalizado + influencer + sem regulamentação = lucro garantido
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    maria eduarda ribeiro

    novembro 11, 2024 AT 15:46
    Ah, então agora o funkeiro é o novo bandido de terno? Que surpresa...
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    Juraneide Mesquita

    novembro 12, 2024 AT 23:30
    E se a rifa fosse legítima, mas só os organizadores ganhassem? Será que a polícia faria algo? Ou só quando o nome é famoso?
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    Marcus Davidsson

    novembro 13, 2024 AT 02:20
    Tô vendo o Bolívar lá, cirurgião equatoriano, e me pergunto: ele tá lavando dinheiro ou fazendo implante de bumbum pro pessoal da rifa? 😂
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    Paulo Sette

    novembro 14, 2024 AT 22:46
    Ah, claro. O MC Poze tá tranquilo. Ele nem sabe que a esposa tá sendo acusada de lavagem de dinheiro. Claro que tá tranquilo. Ele tá no palco cantando sobre 'fundo de quintal' enquanto o dinheiro tá no exterior.
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    Nath Andrade

    novembro 15, 2024 AT 02:29
    É interessante como o Brasil aceita crimes digitais se tiver glitter e funk de fundo. A moral é flexível quando o influencer sorri pra câmera.
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    Wellington Barbosa

    novembro 16, 2024 AT 22:25
    Como o app foi detectado? Foi por denúncia ou por análise de padrões de pagamento?
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    Olavo Sant'Anna Filho

    novembro 18, 2024 AT 16:46
    Aqui está o verdadeiro pecado: a sociedade brasileira quer ser enganada. Ela quer acreditar que pode ganhar algo sem esforço. E os ladrões só estão aproveitando essa fraqueza. A polícia não está caçando criminosos - está tentando curar uma doença que a população ama.
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    Eudes Cardoso

    novembro 19, 2024 AT 08:35
    No Nordeste, rifa é tradição. Mas quando vira negócio de influencer com app secreto? Isso não é tradição, é golpe. A gente tem que proteger as tradições, não as fraudes disfarçadas de tradição
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    paulo rodrigues

    novembro 21, 2024 AT 07:09
    A legislação brasileira sobre rifas é clara: só ONGs podem fazer. Mas o sistema de fiscalização é ineficiente. O que falta é aplicação da lei, não lei nova. O app foi o erro deles - se tivessem usado um sistema de sorteio público e auditável, talvez ninguém tivesse notado. Eles não eram espertos, eram preguiçosos.
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    Gabriel Felipe

    novembro 22, 2024 AT 14:22
    Se o app é fraudulento então os ganhadores são todos falsos e os prêmios não foram entregues mesmo
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    paulo rodrigues

    novembro 23, 2024 AT 14:18
    Exatamente. E aí entra o problema maior: os participantes que pagaram e não receberam nada nem sabem que foram enganados. A maioria acha que perdeu na sorte. A polícia precisa rastrear os pagamentos e identificar quem foi vítima. Isso é o mais urgente.

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