Nas tensas e emocionantes quartas de final da Copa do Brasil 2024, Athletico-PR e Vasco da Gama entraram em campo no dia 11 de setembro. A partida, realizada na Ligga Arena em Curitiba, foi transmitida ao vivo pela Amazon Prime Video, permitindo que os torcedores acompanharem cada movimento desse confronto electrizzante. O jogo se destacou não apenas pela tensão de um encontro decisivo, mas também pelo talento e táticas empregadas por ambas as equipes.
Para entender a magnitude deste confronto, é fundamental revisitar o caminho de cada time na competição. O Vasco da Gama começou sua jornada ao vencer o Marcílio Dias por 3-1 na primeira fase. Em seguida, enfrentou o Água Santa, onde garantiu a classificação nos pênaltis após um empate de 3-3. Nas oitavas de final, mais drama: um agregado de 3-3 contra o Fortaleza levou a decisão novamente para os pênaltis, onde o Vasco saiu vitorioso.
O Athletico-PR, por sua vez, entrou na competição um pouco mais tarde, na terceira fase, considerando sua posição privilegiada no futebol nacional. Enfrentando o Ypiranga, garantiu a vaga com um placar agregado de 4-2. Nas oitavas de final, a equipe demonstrou ainda mais consistência ao vencer o Bragantino com um agregado de 5-2.
O primeiro confronto entre os dois times, realizado no estádio de São Januário no Rio de Janeiro, foi marcado por um jogo intenso e competitivo. O Vasco, jogando em casa, conseguiu impor seu ritmo e venceu por 2-1, mas o resultado deixou tudo em aberto para a decisão final em Curitiba. A partida destacou a capacidade tática de cada treinador, com o Vasco levando uma vantagem mínima para o segundo jogo.
Para o jogo de volta, os times entraram em campo com escalações que refletiam sua determinação e preparação estratégica. O Athletico-PR, liderado pelo técnico Martin Varini, entrou com Léo Linck no gol, seguido por uma linha defensiva com Erick, Kaique Rocha, Thiago Heleno e Esquivel. No meio-campo, estavam Gabriel, Christian e Zapelli, enquanto Canobbio, Cuello e Mastriani formavam o trio de ataque.
O Vasco, comandado por Rafael Paiva, escalou Léo Jardim como goleiro. A defesa foi composta por Paulo Henrique, Léo, Maicon e Lucas Piton. No meio, Hugo Moura, Mateus Carvalho e Payet formaram a linha de sustentação e criação, com David (Rayan), Emerson Rodríguez e Vegetti no ataque.
A arbitragem, fator crucial em jogos de alto nível, esteve sob a responsabilidade do experiente Wilton Pereira Sampaio (FIFA/GO), auxiliado por Neuza Ines Back (FIFA/SP) e Rafael da Silva Alves (FIFA/RS). No controle do VAR, a tecnologia que visa acertar as decisões mais difíceis, estava Igor Junio Benevenuto de Oliveira (VAR-FIFA/MG).
A preparação para um jogo tão decisivo envolve inúmeras variáveis. Desde as estratégias táticas definidas pelos treinadores até o estado emocional e físico dos jogadores. A torcida, conhecida como o décimo segundo jogador, também desempenha um papel essencial, especialmente em jogos de mata-mata como este. Em Curitiba, os torcedores do Athletico-PR se mostraram um verdadeiro exército de apoio, buscando empurrar sua equipe para a vitória.
No Vasco, além das questões táticas, havia a necessidade de gestão do elenco, considerando a intensidade e a frequência dos jogos. O técnico Rafael Paiva precisava equilibrar a carga de jogo dos seus atletas, mantendo-os em condições de competir em altíssimo nível. Nesse contexto, jogadores como Payet, Vegetti e Emerson Rodríguez tiveram papel de destaque, exigindo especial atenção tanto na preparação quanto na execução das estratégias em campo.
O desempenho das equipes ao longo da temporada foi refletido em suas estatísticas. Analisando os números do Athletico-PR, destacaram-se a solidez defensiva e a capacidade de criação no meio-campo, com jogadores como Christian e Gabriel sendo fundamentais para a transição e construção de jogadas. O Vasco, por outro lado, mostrou uma resiliência notável, especialmente em momentos decisivos, como os pênaltis contra Água Santa e Fortaleza. Essa resistência mental foi um ponto forte no time de Rafael Paiva.
Nos aspectos técnicos, os dois times exibiram estilos de jogo distintos mas complementares. O Athletico-PR, com sua postura ofensiva, focava em pressionar alto e controlar a posse de bola, enquanto o Vasco priorizava a organização defensiva e o contra-ataque rápido. Com jogadores como Canobbio e Cuello no Athletico, e Emerson Rodríguez no Vasco, os ataques rápidos e a criatividade eram elementos-decisivos.
Essas estratégias se chocaram em um confronto emocionante, onde cada erro podia ser fatal. No final, o poder de decisão dos atacantes, a solidez das defesas e a eficiência na execução das jogadas foram os fatores determinantes para o resultado da partida, que selou o destino de um dos times nas semifinais da Copa do Brasil.
A competição, que é uma das mais prestigiosas do futebol brasileiro, segue proporcionando momentos inesquecíveis para torcedores e espectadores. Em campos distintos, como Curitiba e Rio de Janeiro, a paixão pelo futebol se manifesta de forma vibrante, refletindo a importância cultural desse esporte no Brasil.